Por Vanessa Henriques
Alguém insiste: vamos lá na nossa rua
Eu vou
Mas na rua já não há mais nada de mim.
A rua da minha lembrança era ampla, com árvores, pouca gente
Era sem pressa, sem tempo, brincar de ver nuvens
Era um portão barulhento, uma porta pesada, e o alívio de estar protegida da chuva ou do perigo.
Agora vejo prédios altos, desajeitados na minha rua
Carros por todos os lados, subindo pelas paredes
Ela não foi feita para comportá-los.
E da casa, só sobrou uma fresta, um muro alto, nada mais se vê.
E de mim só sobrou essa, lembrança do que não se pode mais ser.
Adoro quando venho e vejo uma poesia
=)
Não deixe de escrevê-las de tempos em tempos
Aeeee estava saudoso dos seus textos! Muito bonito, por sinal =)