Sarah
Minha amiga querida, companheira de cachos e de tantas confissões!
“Eu não tenho uma crônica favorita, leio várias, amo muitas, mas não as guardo. Procurei por um tempo algumas, mas vi que isso não ia me levar as que realmente gostasse, então me lembrei da última coisa que li que ainda não conseguiu ser superada no quesito arrebatamento, não é crônica, mas aposto que você vai entender, já que a exceção se aplica a ninguém menos que Manoel de Barros.
Agora a sua crônica que eu mais gosto é a Varanda e Desvarios, foi uma surpresa a criação do blog e esse seu gosto por escrever, foi uma das primeiras e fazia tempo que não te via,quando li, imaginei você vagando pelas suas janelas, perdendo o olhar pelas coisas, voyeur dos momentos efêmeros alheios, e me lembrei da saudade que sentia da sua companhia, lembro que a partir dessa crônica eu poderia ficar tranquila porque sabia que a cada texto eu iria ver um pouquinho de você e assim não me sentiria não longe. 🙂
Outra coisa que me lembro de amar é citação sua, “me sinto meio guache nessa vida”, não me pergunte de onde eu me lembro, mas achei de uma poesia que só.
E ah, a minha segunda favorita foi sobre a casa que você passava e sonhava, achei muito bem escrita, suspirante e sonhadora, ou seja, uma lindeza.”
É engraçado pensar no outro lado das coisas: enquanto eu morria de vergonha de publicar qualquer coisa que havia escrito, por colocar minhas virtudes e também meus defeitos em evidência, quem lê tem uma visão completamente diferente… A Sarah não foi a única a mencionar que se sente de alguma forma próxima de mim ao ler meus textos, e isso me enche de alegria e me faz pensar “poxa, até que não sou tão gauche assim nessa vida!”.
E por falar em gauche… essa história vem de poesia mesmo! Mais especificamente do Poema de Sete Faces, de Carlos Drummond de Andrade, no qual um anjo torto diz ‘Vai, Carlos! ser gauche na vida’.
Obrigada Sarah pela participação, e amanhã tem mais!
Abraços,
Vanessa